Região responsável por desconfiar das pessoas fica menos ativa. Em 2010, americanos acima de 60 anos perderam US$ 2,9 bi em golpes.
Idade faz pessoa discernir menos os rostos
'suspeitos' (Foto: Reprodução/TV Globo)
'suspeitos' (Foto: Reprodução/TV Globo)
Estudo publicado nesta segunda-feira (3) corrobora o senso comum de que
pessoas mais velhas são mais suscetíveis a fraudes, e mostra que
existe, no cérebro, um ponto que os torna mais vulneráveis.
A equipe de Shelley Taylor, da Universidade da Califórnia, em Los
Angeles, nos Estados Unidos, mostrou que a capacidade de reconhecer um
rosto não confiável está ligada a uma região do cérebro conhecida como
ínsula anterior, e que essa área é menos ativa nas pessoas mais velhas.
Os pesquisadores mostraram fotos de pessoas que foram feitas
propositalmente para parecerem confiáveis, neutras ou não confiáveis. Em
geral, jovens e idosos concordaram em relação aos que pareciam
confiáveis, mas os jovens têm maior tendência a desconfiar das pessoas
pela aparência.
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Em outra fase do estudo, os voluntários passaram por exames de
ressonância magnética enquanto avaliavam essas imagens. Foi quando os
cientistas identificaram as diferenças de intensidade no uso da ínsula
anterior.
Para Taylor, a melhor maneira de reconhecer um golpista é por pequenos
sinais em seu rosto, como um sorriso falso e um olhar que evita o
contato direto com a vítima.
Os pesquisadores ressaltaram o impacto que as fraudes impõem sobre a
população mais velha. Um estudo anterior mostrou que, em 2010,
americanos com mais de 60 anos perderam pelo menos US$ 2,9 bilhões em
golpes. A vítima média é do sexo masculino, tem 55 anos e alguma
experiência em investimentos – pois é mais aberto a aplicar seu dinheiro
em negócios desconhecidos.
O estudo foi publicado pela "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
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