Nunca fomos tão longe
Lançadas em 1977, as sondas Voyager 1 e 2 estão prestes a se tornar o primeiro objeto criado pelo homem a ultrapassar os limites do Sistema Solar
Juliana Tiraboschi
Assista ao vídeo :
Jornada nas estrelas
Com as sondas Voyager, a humanidade enxerga cada vez mais longe e melhor
A
viagem já dura 35 anos, e só agora as sondas espaciais Voyager 1 e
Voyager 2 estão prestes a realizar um feito histórico na epopeia humana
no espaço. Elas estão próximas de sair da heliosfera, espécie de “bolha”
formada por ventos solares, e entrar em uma região chamada espaço
interestelar. Será a primeira vez que um objeto criado por humanos
romperá os confins do Sistema Solar.
O que elas vão encontrar ainda é incerto, mas a missão já ampliou muito nosso conhecimento sobre o Sistema Solar. As sondas foram as primeiras a visitar Urano e Netuno e enviaram imagens de Júpiter e Saturno com uma riqueza de detalhes sem precedentes.
O que elas vão encontrar ainda é incerto, mas a missão já ampliou muito nosso conhecimento sobre o Sistema Solar. As sondas foram as primeiras a visitar Urano e Netuno e enviaram imagens de Júpiter e Saturno com uma riqueza de detalhes sem precedentes.
“Uma
das descobertas mais surpreendentes foi a de atividade vulcânica em Io,
uma das luas de Júpiter”, diz Ed Stone, cientista-chefe da missão e
professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA). Até
então, nunca tínhamos observado vulcões ativos fora da Terra. “Para mim,
a maior conquista foi atravessar a zona chamada de ‘choque de
terminação’, porque com isso conseguimos medir a distância até essa área
e determinar a extensão do domínio de influência do Sol, a heliosfera”,
diz Robert Decker, pesquisador do laboratório de física aplicada da
Universidade Johns Hopkins e autor do estudo.
Enquanto aguardam pelas novas descobertas, os cientistas se debruçam sobre as imagens inéditas que as sondas continuam enviando. A comunicação se dá por rádio e demora 17 horas para que um sinal percorra os cerca de 18 bilhões de quilômetros entre as sondas e a Terra. Quase nada, se comparado às três décadas e meia de viagem.
Enquanto aguardam pelas novas descobertas, os cientistas se debruçam sobre as imagens inéditas que as sondas continuam enviando. A comunicação se dá por rádio e demora 17 horas para que um sinal percorra os cerca de 18 bilhões de quilômetros entre as sondas e a Terra. Quase nada, se comparado às três décadas e meia de viagem.
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